sábado, 16 de março de 2019

Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire - Capítulo 2

Capítulo 2
A concepção bancária da “educação” como instrumento da opressão. Seus pressupostos, sua crítica

Relação: educador-educandos na escola
·         Caráter especial e marcante – o de serem relações fundamentalmente narradoras, dissertadoras.
Narração de conteúdo: petrificar-se ou fazer-se algo quase morto.
Implica:
·         um sujeito (o narrador);
·         objetos pacientes, ouvintes – os educandos;
·         Tônica da educação: narrar, sempre narrar.
Educação Bancária
INQUIETAÇÃO DESTA EDUCAÇÃO
Realidade: como algo parado, estático, compartimentado e bem-comportado;
·         algo alheio à experiência existencial dos educandos.
Educador: aparece como seu indiscutível agente (real sujeito);
 Tarefa do Educador (indeclinável): é “encher” os educandos dos conteúdos de sua narração. (p. 79);
“Conteúdos que são retalhos da realidade desconectados da totalidade em que se engredam e em cuja visão ganhariam significação.” (p. 79-80);
PALAVRA: se esvazia da dimensão concreta, ou seja, se transforma em palavra oca, em verbosidade alienada e alienante.
"Daí que seja mais som que significação e, assim, melhor seria não dizê-la.

CARACTERÍSTICA DESTA EDUCAÇÃO DISSERTADORA: "é a "sonoridade" da palavra e não sua força transformadora. (p. 80)
NARRAÇÃO com EDUCADOR SENDO SUJEITO: 
§  leva os educandos a memorização;
§  se transforma em “vasilhas”; recipientes enchidos pelo educado;
[...] “Quanto mais vá “enchendo” os recipientes com seus “depósitos”, tanto melhor educador será. Quanto mais se deixem docilmente “encher”, tanto melhores educandos serão. (p. 80)
“Dessa maneira, a educação se torna um ato de depositar, em que os educandos são os depósitos e o educador, o depositante.
EDUCADOR:
§  em vez de se comunicar faz comunicados;
EDUCANDOS:
§  recebem pacientemente;
§  memorizam;
§  repetem.
CONCEPÇÃO BANCÁRIA DE EDUCAÇÃO:
Margem de ação: oferta aos educandos
§  receberem os depósitos;
§  guarda-los;
§  arquivá-los.
Educandos: colecionadores ou fichadores das coisas que arquivam.
“Educador e educando se arquivam na medida em que, nesta distorcida visão da educação, não há criatividade, não há transformação, não há saber. Só existe saber na invenção, na reinvenção, na busca inquieta, impaciente, permanente, que os homens fazem no mundo, com o mundo e com os outros. Busca esperançosa também.” (p. 81)
Na visão bancaria da educação:
SABER: é uma doação dos sábios;
“O educador, que aliena a ignorância, se mantem em proposição fixas, invariáveis. Será sempre o que sabe, enquanto os educandos serão sempre os que não sabem. A rigidez desta posições nega a educação e o conhecimento como processo de busca.”
“O educador se põe frente ao educandos como sua antinomia necessária. Reconhece na absolutização da ignorância daqueles a razão de sua existência. Os educandos, alienados, por sua vez, à maneira de escravo na dialética hegeliana, reconhecem em sua ignorância a razão da existência do educador, mas não chegam, nem sequer ao modo do escravo naquela dialética, a descobrir-se educadores do educador.
Na concepção bancária:
§  educação como ato de depositar, de transferir, de transmitir valore e conhecimentos;
“[...], não se verifica e nem pode verificar-se esta superação.” (p.. 82)
Educação Bancária:
§  reflete a sociedade opressora;
§  é dimensão da cultura do silêncio;
§  mantém e estimula a contradição.
NELA:
a)     o educador é o que educa; os educandos, os que são educados;
b)     o educador é o que sabe; os educandos, os que não sabem;
c)     o educador é o que pensa; os educandos, os pensados;
d)     o educador é o que diz a palavra; os educandos, os que a escutam docilmente;
e)     o educador é o que disciplina; os educandos, os disciplinados;
f)      o educador é o que opta e prescreve sua opção; os educandos, o que seguem a prescrição;
g)     o educador é o que atua; os educandos, os que têm a ilusão de que atuam, na atuação do educador;
h)     o educador escolhe o conteúdo programático; os educandos, jamais ouvidos nesta escolha, se acomodam a ele;
i)      o educador identifica a autoridade do saber com sua autoridade funcional, que opõe antagonicamente à liberdade dos educandos; estes devem adaptar-se às determinações daquele;
j)      o educador, finalmente, é o sujeito do processo; os educandos, meros objetos.
Educador:
§  o que sabe;
§  dá, entrega, leva, transmite o seu saber;
§  um saber que não é experiência feita
§  mas, experiência narrada ou transmitida.
Educandos:
§  os que não sabem nada;
§  depósitos lhes são feitos
Nesta visão:

“[...], os homens sejam vistos como seres da adaptação, do ajustamento.” (p. 83)
“Quanto mais se exercitem os educandos no arquivamento dos depósitos que lhes são feitos, tanto menos desenvolverão em sai a consciência crítica de que resultaria a sua inserção no mundo, como transformadores dele. Como sujeitos.” (p. 83)
Visão bancária:
§  passividade = faz o homem adaptar-se ao mundo sem transformá-lo;
§  anula – ou minimiza - o poder criador do educando;
§  estimula a ingenuidade a não criticidade;
§  satisfaz o interesse dos opressores.
“O seu “humanitarista”, e não humanismo, está em preservar a situação e que são beneficiários e que lhes possibilita a manutenção de sua falsa generosidade, a que nos referimos no capítulo anterior. Por isto mesmo e que reagem, até instintivamente, contra a qualquer tentativa de uma educação estimulante do pensar autentico, que não se deixa emaranhar pelas visões parciais da realidade, buscando sempre os nexos que prendem um ponto a outro, ou num problema a outro.” (p. 84)
Concepção e da prática bancária:
Serve para: transformar a mentalidade dos oprimidos e não a mentalidade que os oprime. Para adaptá-lo e melhor os dominar.
Oprimidos como casos individuais = assistidos = meros marginais.
Marginalizados = “seres de fora de”: Para Freire estes “[...] jamais estiveram fora de. Sempre estiveram dentro de. Dentro de uma estrutura que os transforma em “seres para outro”. [...] (p. 84)
O fazer-se “seres para si” não é objetivo dos opressores. “Daí que a “educação bancária”, que a eles serve, jamais possa orientar-se n sentido da conscientização dos educandos.” (p. 85)
Educação de Adultos bancária:
§  não interessa propor o desvelamento do mundo;
§  porque o pensar autenticamente é perigoso.
O que não percebem os que executam a educação “bancária”:
§  “[...] é que nos próprios “depósitos” se encontram as contradições, apenas revestidas por uma exterioridade que as oculta.” (p. 85);
§  Cedo ou tarde os próprios depósitos podem provocar um confronto com a realidade;
§  Despertando os educandos passivos contra a domesticação.
A Concepção Problematizadora e Libertadora da Educação. Seus Pressupostos.
Homens:
§  seres de buscas;
§  vocação ontológica: humanizar-se;
§  podem – cedo ou tarde – perceber a contradição da educação bancária.
Educador Humanista (revolucionário):
§  Não há de esperar essa possibilidade;
Sua Ação (do Educador Humanista):
§  orientar-se no sentido da humanização de ambos;
§  do pensar autêntico (não do sentido da doação, da entrega do saber);
§  crença no seu poder criador
§  O que exige dele: ser companheiro do educando;
“Saber com os educandos, enquanto estes soubessem com ele, seria sua tarefa. Já não estaria a serviço da desumanização. A serviço da opressão, mas a serviço da libertação.” (p. 86-87)
 A Concepção “bancária” e a contradição educador-educando
Educação Bancária
Implica: Falsa visão dos homens
Sugere: dicotomia inexistente homens-mundo. “Homens simplesmente no mundo e não com o mundo e com os outros.” (p. 87)
Concebe a consciência: algo especializado neles e não ao homens (corpos conscientes). “A consciência como se fosse alguma seção “dentro” dos homens, mecanicistamente compartimentada, passivamente aberta ao mundo que a irá “enchendo” de realidade. (p. 87)
Consciente Continente: recebe os depósitos que se transforma em conteúdos.
Papel do educador:
§  Disciplinar a entrada do mundo nos educandos;
§  Encher os educandos de conteúdos;
§  Fazer depósitos “comunicados” que considera como verdadeiro saber;
§  Trabalho: imitar o mundo.
Educação bancária:
§  apassivar mais ainda o homem;
§  adaptá-los ao mundo;
§  atender aos opressores, ao adequar o homem ao mundo (paz);
§  eficiente instrumento para que o oprimido atenda os anseios do opressor;
Um dos seus Objetivos Fundamentais: dificultar o pensar autêntico;
Por meio de: aulas verbalistas; métodos de avaliação (controle de leitura); distância entre educador e educando.
Educador bancário, NÃO PODE acreditar em:
§  conviver, simpatizar pois isso implica comunicar-se (rechaçado e temido pela Educação Bancária);
§  não pode perceber que a comunicação é que a vida tem sentido;
§  que o seu pensar só ganha autenticidade no pensar do educando, mediatizados pela realidade (intercomunicação);
“Por isto, o pensar daquele não pode ser um pensar para estes nem a estes imposto.” (p. 89)
Nota Fundamental da concepção bancário:
§  a superposição do educador, leva a prática da dominação;
“A opressão, que é um controle esmagador, é necrófila. Nutre-se de amor à morte e não do amor à vida.” (p. 90)
Marca necrófila se dá pela:
§  fundamentação num conceito mecânico, estático, especializado da consciência, transformando os educandos em recipientes;
§  proibi o mover pelo animo de libertar o pensamento pela ação dos homens e impede a transformação do mundo em mais humano;
A concepção bancária, busca:
§  controlar o pensar e a ação;
§  inibir o poder de criar, de atuar;
“[...] ao obstaculizar a atuação do homem, como sujeitos de sua ação, como seres de opção, frustra-os.” (p. 91)
A Educação como prática da dominação:
§  vem sendo criticada;
§  mantem a ingenuidade dos educandos, e;
§  em seu marco ideológico os leva a acomodação ao mundo da opressão.
“Ao denunciá-la, não esperamos que as elites dominadoras renunciem à sua prática. Seria demasiado ingênuo espera-lo.” (p. 92)
OBJETIVO do livro/Freire:
§  chamar a tenção dos humanistas de modo que na prática da libertação eles não se sirvam da educação bancária se contradizendo em sua busca (p. 92);;
§  “Assim como também não pode esta concepção tornar-se legado da sociedade opressora à sociedade revolucionária” (p. 93)
Libertação dos homens:
§  Só é possível se não os alienarmos ou mantê-los alienados;
Libertação autentica:
§  Humanização, não pode ser depositada;
§  Não e palavra oca, mitificante
§  É PRAXIS = ação-reflexão sobre o mundo para transformá-lo;
§  Não pode aceitar a concepção mecânica da consciência;
§  Não pode aceitar que a ação libertadora sirva-se das mesmas armas da dominação (da propagando dos slogans, dos “depósitos”).
EDUCAÇÃO comprometida com a LIBERTAÇÃO
NÃO PODE...
§  não pode se fundar numa concepção de homens como seres vazios;
§  numa consciência especializada, mecanicistamente compartimentada.
EDUCAÇÃO comprometida com a LIBERTAÇÃO / PROBLEMATIZADORA
§  Responde a essência do ser da consciência; 
§  Nega os comunicados e existência a comunicação;
§  Identifica-se com o próprio da consciência, o ser consciência de;
“Neste sentido, a educação libertadora, problematizadora, já não pode ser o ato de depositar, ou de narrar, ou de transferir, ou de transmitir “conhecimentos” e valores aos educandos, meros pacientes, à maneira da educação “bancária”, mas um ato cognoscente.” (p. 94)
Educação Bancária
Educação Problematizadora
§  serve a dominação;
§  mantém a contradição educador-educandos;
§  Nega a dialogicidade como essência da educação;
§  se faz antidialógica.
§  serve à libertação;
§  realiza a superação;
§  afirma a dialogicidade;
§  se faz dialógica.



Ninguém Educa Ninguém, Ninguém Educa a Si Mesmo, Os Homens se Educam entre si, Mediatizados pelo Mundo
 Educação Problematizadora = só é possível se romper com a contradição entre o educador e os educandos.

Educação Problematizadora só é possível se:
§  romper com a contradição entre o educador e os educandos;
§  com diálogo;
Surge os termos: educador-educando / educando-educador;
§  enquanto educa o educador é educado/ educando ao ser educado, também educa;
§  se educam mediatizados pelos objetos cognoscíveis;
§  não distingue os momentos de quefazer do educador-educando;
“Não é sujeito cognoscente em um, e sujeito narrador do conteúdo conhecido como outro.” (p. 97)
EDUCADOR PROBLEMATIZADOR:
§  se re-faz constantemente;
§  investigador crítico.
EDUCANDOS:
§  em vez de serem recipientes dóceis de depósitos;
§  são investigadores críticos;
§  em diálogo com o educador – que também é um investigador crítico;
Papel do Educador Problematizador
§  “é proporcionar, com os educandos, as condições em que se de a superação do conhecimento no nível da doxa pelo verdadeiro conhecimento, o que se dá no nível do logos.” (p. 97)
Educação Problematizadora:
§  implica um ato constante de desvelamento da realidade;
§  busca emersão das consciências;
§  com vistas a inserção crítica na realidade;
§  desafia os educandos + os educandos se sentem desafiados;
§  quanto + desafiados + obrigados a responder ao desafio;
§  desafio é captado como um problema em suas conexões com os outros (em totalidade e não como algo petrificado);
§  busca a de alienação;
§  prova novas compreensões de novos desafios (que surge na resposta);
§  implica a negação do homem abstrato, isolado, solto, desligado do mundo;
§  negação do mundo como uma realidade ausento dos homens;
§  reflexão: sobre o homem em suas relações com o mundo;
§  consciência e mundo se dão ao mesmo tempo (Sartre);
A tendência, então, do educador-educando como dos educandos-educadores é estabelecerem uma forma autentica de pensar e atuar. Pensar-se a si mesmos e ao mundo, simultaneamente, sem dicotomizar este pensar da ação.” (p. 100)
Educação Bancária
Educação Problematizadora
§  permite-se a repetição insistente;
§  educador vai enchendo os educandos de falso saber;
§  realidade estática;
§  os conteúdos são impostos;
§  os educandos vão desenvolvendo o seu poder de captação e de compreensão do mundo
§  realidade em transformação, em processo;
§  ela se faz como um esforço permanente;
§  os homens vão se percebendo criticamente (estão sendo; com que; em que);
§  insiste em manter oculta certas razões que explicam como o homem estão sendo no mundo;
§  mistifica a realidade;

§  nega o diálogo;
§  Compromete-se com a libertação;

§  se empenha na desmistificação (como estão sendo os homens no mundo);
§  o selo do ato cognoscente, desvelador da realidade
§  assistencializa;
§  servindo à dominação, inibe a criatividade;
§  domestica a intencionalidade da consciência (já que a não pode matar);
§  nega ao homem sua condição ontológica e histórica de humanizar-se.
§  criticiza;
§  servindo a liberdade, se funda na criatividade;
§  estimula a reflexão e a ação verdadeiras dos homens sobre a realidade;
§  responde à sua vocação (como seres que não podem autenticar-se fora da busca e da transformação criadora).

Homem como um ser Inconcluso, Consciente de sua Inconclusão, e seu Permanente Movimento de Busca do Ser Mais


As concepções...
Bancária
Problematizadora
 (também denominada: imobilistas; fixistas)
§  desconhecem os homens como seres históricos;
§   
§  parte exatamente do caráter histórico e da historicidade do homem;
§  Os reconhece como seres que estão sendo;
§  Seres inacabados, inconclusos em e com uma realidade também inacabada;
§  Os homens se sabem inacabados.
“[...] Daí que seja a educação um quefazer permanente. Permanentemente, na razão da inconclusão dos homens e do devenir da realidade.” (p. 102)
§  Dá ênfase na permanência.
§  Reforça a mudança.
§  prática bancária = Imobilismo
§   
§  se faz reacionária.
§  não aceitando um presente ‘bem comportado’ não aceita um futuro ‘pré-datado’;
§  enraizando-se no presente dinâmico / se torna revolucionária.
§  fixismo reacionário
§  futuridade revolucionária;
§  homens somo seres históricos e à sua historicidade;
“[...] Dai que se identifique com o movimento permanente em que se acham inscritos os homens, como seres que se sabem inconclusos; movimento que é histórico e que tem o seu ponto de partida, o seu sujeito, o seu objetivo.” (p. 103)
“O ponto de partida deste movimento está nos homens mesmos.”
“Mas, como não há homens sem mundo, sem realidade, o movimento parte das relações homens-mundo. Daí que este ponto de partida esteja sempre nos homens no seu aqui e no seu agora que constituem a situação em que se encontram ora imersos, ora emersos, ora insertos.” (p. 103)
Prática...
Bancária
Problematizadora
§  enfatiza, direta ou indiretamente, a percepção fatalista (tendo os homens de sua situação);
§  Percepção ingênua ou fatalista.
§  propõe aos homens de sua situação como problema;
§  percepção que é capaz de perceber-se;
§  porque se percebe, percebe a realidade; é capaz de objetiva-la;
§  realidade histórica
“O fatalismo cede, então, seu lugar ao ímpeto de transformação e de busca, de que os homens se sentem sujeitos.” (p.104)
“Esta busca do ser mais, porém, não pode realizar-se no isolamento, no individualismo, mas na comunhão, na solidariedade dos existentes, daí que seja impossível dar-se nas relações antagônicas entre opressores e oprimidos.” (p. 105)

Prática...
§  o fundamental é amenizar a situação;
§  mantendo, porém, as consciências imersas nela.
§  Enquanto quefazer humanista e libertador;
§  Importante: homens submetidos a dominação lutem por sua emancipação.
“Por isto é que esta educação em que educadores e educandos se fazem sujeitos do seu processo, superando o intelectualismo alienante, superando o autoritarismo do educador “bancário”, supera também a falsa consciência de mundo.”
O mundo, agora, já não é algo sobre que se fala com falsas palavras, mas o mediatizador dos sujeitos da educação, a incidência da ação transformadora dos homens, de que resulte a sua humanização.
As concepções...
Bancária
Problematizadora
 (também denominada: imobilistas; fixistas)
§  desconhecem os homens como seres históricos;
§   
§  parte exatamente do caráter histórico e da historicidade do homem;
§  Os reconhece como seres que estão sendo;
§  Seres inacabados, inconclusos em e com uma realidade também inacabada;
§  Os homens se sabem inacabados.
“[...] Daí que seja a educação um quefazer permanente. Permanentemente, na razão da inconclusão dos homens e do devenir da realidade.” (p. 102)
§  Dá ênfase na permanência.
§  Reforça a mudança.
§  prática bancária = Imobilismo
§   
§  se faz reacionária.
§  não aceitando um presente ‘bem comportado’ não aceita um futuro ‘pré-datado’;
§  enraizando-se no presente dinâmico / se torna revolucionária.
§  fixismo reacionário
§  futuridade revolucionária;
§  homens somo seres históricos e à sua historicidade;
“[...] Dai que se identifique com o movimento permanente em que se acham inscritos os homens, como seres que se sabem inconclusos; movimento que é histórico e que tem o seu ponto de partida, o seu sujeito, o seu objetivo.” (p. 103)
“O ponto de partida deste movimento está nos homens mesmos.”
“Mas, como não há homens sem mundo, sem realidade, o movimento parte das relações homens-mundo. Daí que este ponto de partida esteja sempre nos homens no seu aqui e no seu agora que constituem a situação em que se encontram ora imersos, ora emersos, ora insertos.” (p. 103)
Prática...
Bancária
Problematizadora
§  enfatiza, direta ou indiretamente, a percepção fatalista (tendo os homens de sua situação);
§  Percepção ingênua ou fatalista.
§  propõe aos homens de sua situação como problema;
§  percepção que é capaz de perceber-se;
§  porque se percebe, percebe a realidade; é capaz de objetiva-la;
§  realidade histórica
“O fatalismo cede, então, seu lugar ao ímpeto de transformação e de busca, de que os homens se sentem sujeitos.” (p.104)
“Esta busca do ser mais, porém, não pode realizar-se no isolamento, no individualismo, mas na comunhão, na solidariedade dos existentes, daí que seja impossível dar-se nas relações antagônicas entre opressores e oprimidos.” (p. 105)

Prática...
§  o fundamental é amenizar a situação;
§  mantendo, porém, as consciências imersas nela.
§  Enquanto quefazer humanista e libertador;
§  Importante: homens submetidos a dominação lutem por sua emancipação.
“Por isto é que esta educação em que educadores e educandos se fazem sujeitos do seu processo, superando o intelectualismo alienante, superando o autoritarismo do educador “bancário”, supera também a falsa consciência de mundo.”
O mundo, agora, já não é algo sobre que se fala com falsas palavras, mas o mediatizador dos sujeitos da educação, a incidência da ação transformadora dos homens, de que resulte a sua humanização.

Esta e´a razão por que a concepção problematizadora da educação não pode servir ao opressor.” (p. 105)

No processo revolucionário, a liderança não pode ser “bancária”, para depois deixar de sê-lo. (p. 106)

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