segunda-feira, 6 de maio de 2019

Piaget: abordagem dos referenciais

CONTRIBUIÇÕES DE JEAN PIAGET À EDUCAÇÃO PROFISSIONAL: APONTAMENTOS PARA A PRÁTICA DOCENTE
José Lúcio Nascimento Júnior
Patrícia Maria Pereira do Nascimento
"A questão que se coloca no presente trabalho consiste em: como podemos partir das concepções de Jean Piaget sobre Métodos Ativos para promover um ensino técnico-profissional que possibilite a formação do discente para o mundo do trabalho? Para tanto, o presente trabalho divide-se em duas partes: na primeira parte, relacionamos as ideias de Educação, de Ensino-aprendizagem e Método Ativo vinculando-as ao contexto histórico em que foram produzidas; na segunda, parte-se dos conceitos anteriores para apresentar opções de ação no ensino técnico profissional de nível médio. Partindo da produção de Piaget como fonte de estudo, propõe-se que os métodos ativos são a melhor forma de romper com uma visão tecnicista na educação profissional, desde que a ação do estudante seja relacionada aos conhecimentos que estes métodos visam trabalhar, e que as propostas do  naturalista suíço oferecem uma boa alternativa para auxiliar na teoria e prática docente."



Abordagens do processo de ensino e aprendizagem + Teorias de aprendizagem: texto introdutório

domingo, 7 de abril de 2019

Aprendizagem Baseada em Design: uma pedagogia que fortalece os paradigmas da educação contemporânea

Aprendizagem Baseada em Design: uma pedagogia que fortalece os paradigmas da educação contemporânea

Bianca Maria Rego Martins
Rita Maria de Souza Couto

A Escola e a escolarização de sujeitos em grandes centros urbanos e em meio rural é objeto de diversas investigações e questionamentos que envolvem seu papel social, sua estrutura, seu funcionamento, sua história, seus sujeitos, somente para citar alguns enfoques. Entendemos que para estudar a pertinência da introdução da educação em Design na Escola, antes é necessário compreender os pressupostos que fundamentam a existência desta instituição. Portanto, neste momento, faz-se importante uma caracterização do paradigma educacional contemporâneo, fato que nos ajudará a localizar oportunidades de inserção de projetos de Design na Escola.

O paradigma educacional emergente proposto por Moraes, em relação íntima com os postulados de uma Ciência renovada, envolve a concepção de novas missões para a Escola: encarar os sujeitos de forma singular entendendo que possuem desejos e necessidades particularizados; valorizar as inteligências múltiplas e diferentes habilidades para resolver problemas; entender que os estilos de aprendizagem variam e é necessário encontrar o que motiva cada aluno; compreender que o processo de aprendizagem é mais importante que metodologias de ensino e, ainda, fazer com que o aluno compreenda que o processo de reflexão e tomada de consciência é algo que lhe assegura emancipação e autonomia para mudar o que for preciso no processo particular de construção do conhecimento - aprender a aprender. Outro aspecto a salientar é a visão de que, mesmo valorizado, o sujeito precisa conviver e interagir com seus pares. Isso evidencia a questão da interdependência e da colaboração para a construção do conhecimento e da vida em sociedade. Entendemos que todos estes aspectos podem ser favorecidos pelo desenvolvimento de projetos de Design, como será explorado mais adiante.


diversas investigações e questionamentos que envolvem seu papel social, sua estrutura, seu
funcionamento, sua história, seus sujeitos, somente para citar alguns enfoques. Entendemos que
para estudar a pertinência da introdução da educação em Design na Escola, antes é necessário
compreender os pressupostos que fundamentam a existência desta instituição. Portanto, neste
momento, faz-se importante uma caracterização do paradigma educacional contemporâneo, fato
que nos ajudará a localizar oportunidades de inserção de projetos de Design na Escola.
A Escola e a escolarização de sujeitos em grandes centros urbanos e em meio rural é objeto de
diversas investigações e questionamentos que envolvem seu papel social, sua estrutura, seu
funcionamento, sua história, seus sujeitos, somente para citar alguns enfoques. Entendemos que
para estudar a pertinência da introdução da educação em Design na Escola, antes é necessário
compreender os pressupostos que fundamentam a existência desta instituição. Portanto, neste
momento, faz-se importante uma caracterização do paradigma educacional contemporâneo, fato
que nos ajudará a localizar oportunidades de inserção de projetos de Design na Escola.
A Escola e a escolarização de sujeitos em grandes centros urbanos e em meio rural é objeto de
diversas investigações e questionamentos que envolvem seu papel social, sua estrutura, seu
funcionamento, sua história, seus sujeitos, somente para citar alguns enfoques. Entendemos que
para estudar a pertinência da introdução da educação em Design na Escola, antes é necessário
compreender os pressupostos que fundamentam a existência desta instituição. Portanto, neste
momento, faz-se importante uma caracterização do paradigma educacional contemporâneo, fato
que nos ajudará a localizar oportunidades de inserção de projetos de Design na Escola.
A Escola e a escolarização de sujeitos em grandes centros urbanos e em meio rural é objeto de
diversas investigações e questionamentos que envolvem seu papel social, sua estrutura, seu
funcionamento, sua história, seus sujeitos, somente para citar alguns enfoques. Entendemos que
para estudar a pertinência da introdução da educação em Design na Escola, antes é necessário
compreender os pressupostos que fundamentam a existência desta instituição. Portanto, neste
momento, faz-se importante uma caracterização do paradigma educacional contemporâneo, fato
que nos ajudará a localizar oportunidades de inserção de projetos de Design na Escola.
A Escola e a escolarização de sujeitos em grandes centros urbanos e em meio rural é objeto de
diversas investigações e questionamentos que envolvem seu papel social, sua estrutura, seu
funcionamento, sua história, seus sujeitos, somente para citar alguns enfoques. Entendemos que
para estudar a pertinência da introdução da educação em Design na Escola, antes é necessário
compreender os pressupostos que fundamentam a existência desta instituição. Portanto, neste
momento, faz-se importante uma caracterização do paradigma educacional contemporâneo, fato
que nos ajudará a localizar oportunidades de inserção de projetos de Design na Escola.
A Escola e a escolarização de sujeitos em grandes centros urbanos e em meio rural é objeto de
diversas investigações e questionamentos que envolvem seu papel social, sua estrutura, seu
funcionamento, sua história, seus sujeitos, somente para citar alguns enfoques. Entendemos que
para estudar a pertinência da introdução da educação em Design na Escola, antes é necessário
compreender os pressupostos que fundamentam a existência desta instituição. Portanto, neste
momento, faz-se importante uma caracterização do paradigma educacional contemporâneo, fato
que nos ajudará a localizar oportunidades de inserção de projetos de Design na Escola.
A Escola e a escolarização de sujeitos em grandes centros urbanos e em meio rural é objeto de
diversas investigações e questionamentos que envolvem seu papel social, sua estrutura, seu
funcionamento, sua história, seus sujeitos, somente para citar alguns enfoques. Entendemos que
para estudar a pertinência da introdução da educação em Design na Escola, antes é necessário
compreender os pressupostos que fundamentam a existência desta instituição. Portanto, neste
momento, faz-se importante uma caracterização do paradigma educacional contemporâneo, fato
que nos ajudará a localizar oportunidades de inserção de projetos de Design na Escola.
A Escola e a escolarização de sujeitos em grandes centros urbanos e em meio rural é objeto de
diversas investigações e questionamentos que envolvem seu papel social, sua estrutura, seu
funcionamento, sua história, seus sujeitos, somente para citar alguns enfoques. Entendemos que
para estudar a pertinência da introdução da educação em Design na Escola, antes é necessário
compreender os pressupostos que fundamentam a existência desta instituição. Portanto, neste
momento, faz-se importante uma caracterização do paradigma educacional contemporâneo, fato
que nos ajudará a localizar oportunidades de inserção de projetos de Design na Escola.

Product Design Thinking - Carrinho de Supermercado (Metodologias Ativas)

Product Design Thinking - Carrinho de Supermercado

IDEO - Design
Pedido: pegar um carrinho de supermercado e desenhá-lo em 05 dias.
"Pegar algo antigo e familiar, como, digamos, o carrinho de compras, e o redesenhem completamente para nós em apenas cinco dias"

1º dia: 09h - reunião
Peter Skilman (35 anos, engenheiro da Stanford, 06 anos na IDEO), líder por ser bom de grupo.
- Witney Mortimer - MBA. Hardard;
- Peter Coughlan - linguísta;
- Tom Kelly - especialista em Marketing;
- Jane Fulton Sheri - Psicóloga;
- Alex Kazak - 26 anos - Biologia (3 X pode entrar em medicina, mas quer ficar na IDEO porque está se divertindo muito).

Questões Levantadas
1º) segurança: com dados apresentados;
2º) Roubo: dados apresentados.

Não existe cargo e nenhuma atribuição permanente.

Equipe:
"A equipe se divide em grupos para descobrir, em primeira mão, o que as pessoas que usam, fabricam e consertam carrinhos realmente pensam."
- vão in loco saber, consulta especialistas (os manobristas de carrinhos);
- consultam clientes (ex.: assento para bebê);
- observam o que as pessoas (clientes) não gostam;

*15h30min: Grupo Volta a IDEO
"Cada grupo irá demonstrar e comunicar e dividir tudo que aprenderam hoje"
- cronometraram o carrinho arrastado pelo vento: 60 km;
- esteve 2 horas em uma loja;

A equipe trabalhou 09 horas direito. Líder os despede com incentivo.


O mantra de inovação da IDEO está por toda parte.

"Uma conversa de cada vez."
"Mantenha-se focado."
"Encoraje idéias malucas."
"Evite Julgamentos."

"Construa a partir das ideias dos outros."

Criticar a ideia do outro = coisa mais difícil de se fazer;
- quando há crítica eles tocam um sino;
Ideias

- fluem livremente e SÃO pendurada nas paredes;
- caos focado;
- voto post it: para ideias LEGAIS e que possam ser CONSTRUÍDAS (1 dia);

A tentativa-e-erro sábia tem mais sucesso que o planejamento de um gênio solitário (representa a IDEO);

Preocupados em estarem perdendo o foco, aquilo que só pode ser chamado de "grupo de adultos autonomeados", sob a supervisão de Dave Kelley, realiza uma sessão informal à parte.


5 ou 6 equipes: uma área de necessidade para cada
- autocrática: definição do que;
- prazo.

OFICINA: são 06 horas
- modelos prontos para demonstração:

- carrinho modular - empilhar cestos;
- carrinho tecnológico - fugir filas caixas (scaner);
- carinho pensado na segurança das crianças;
- carrinho: cliente fala com a equipe da loja remotamente.


ADULTOS: decidem que há mais a ser feito.
- põem todos os carrinhos juntos;
- propõe tirar 1 parte de cada uma das ideias;

- melhorá-las para o projeto final.
ANTES DE FINALIZAR o projeto... há um lema:
"Falhe com frequência para obterem sucesso mais rápido."
Alguns membros ficarão acordados a noite toda. 

PROJETO FINAL:
- pegaram uma parte de cada protótipo;
- projetado para custar menos.

Kelley: orgulhoso pela equipe

PROJETO FINAL:
- bonito;

- rodas viram 90º;
- não precisa levantar a parte de tr´s para lugares apertados;
COMPRAS: de forma completamente diferentes:
- pendura as sacolas em ganchos na armação;
- não possui cestos;
AVALIAÇÃO INICIAL do CLIENTE:

- 1º: ficou espantada;
- mas, há ideías fantásticas;

- precisa de algumas melhorias;
- Mas, achou incrível e gostaria de tê-lo.

EQUIPE:
- acharam que receberam ótimos comentários de como melhorá-los;

"Muitas horas, além de uma mente aberta, um chefe que exige ideias novas sejam excêntricas e diferentes das suas, a crença de que o caos pode ser construtivo, e trabalho em equipe. Muito trabalho em equipe. 
E esta é a receita de como a inovação acontece."

Kahoot - Metodologias Ativas

Kahoot (Karuti): https://getkahoot.com
Ferramenta para AUMENTAR  a comunicação e colaboração entre professores e alunos.



Com ele é possível fazer: 
- quiz;
- discussão (discussion);
- pesquisa (survey).
O vídeo explica como fazer, digo, é um passo a passo.

QUIZ:
- pode ter mais de 1 pergunta - com opções de respostas:
- pode colocar imagem;
- pode colocar se a questão é pontuada ou não;
- e inserir o tempo limite para o aluno;
- pode adicionar, duplicar a questão ou simplesmente salvar e continuar.
- escolher o idioma;
- escolher ser o quis será público ou privado;
- quem é a audiência: escola, universidade ou negócio (pode colocar uma breve descrição);
- mostra as opções (respostas) em cores;

- demonstra em gráfico do resultado das pessoas que participaram;
- rapidez na resposta gera ponto;
- dependendo do tempo esperado para responder a questão, a nota poderá ser menor;
- os alunos podem fazer um feedback do quiz e do kahoot em si.

domingo, 17 de março de 2019

Abordagens Pedagógicas e sua Relação com as Teorias de Ação com as Teorias de Aprendizagem
                Cristiane Martins Peres, Marta Neves Campanelli Marçal Vieira , Elisa Rachel Pisani Altafim , Michela Bianchi de Mello , Kemen Samder Suen (EM CONSTRUÇÃO)


O Texto traz:  um breve percurso pelas concepções teóricas sobre o processo de aprendizagem dos indivíduos e sua relação com as abordagens pedagógicas presentes nos modelos de cursos de graduação.

TODO MINUTO nos múltiplos cenários pedagógicos:
Professor: 
- precisa tomar posse de fundamentos sobre o indivíduo que aprende:
- como esse aprendizado se origina;
- como se desenvolve e;
- se transforma em experiência significativa de aprendizagem.
DOCENTES INCORPORAM:
- geralmente, de forma inconsciente práticas de ensino esvaziadas de fundamentação teórica (para tomadas de decisão)
TODA PRÁTICA METODOLÓGICA traz:
- concepções;
- valores;
- crenças em relação aos processos de ensinar e aprender 
Isso Prova: não há ação pedagógica neutra

MODELOS PEDAGÓGICOS:
“um sistema de premissas teóricas que representa, explica e orienta a forma como se aborda o currículo e que se concretiza nas práticas pedagógicas e nas interações professor-aluno-objeto de conhecimento” (BEHAR, 2009, p. 2)
DIFERENTES enfoques nas abordagens pedagógicas:
- orientados pelo contexto histórico mundial

- ou pelas posições que as teorias tomam sobre as finalidades sociais da escola
- ou ainda pela criticidade das teorias em relação à sociedade
na busca da compreensão da prática educacional.
Neste texto, escolheu-se o enfoque
- sistemas figurativos;
- Triangulo Pedagógico de Nóvoa (2000)³;
- a Arquitetura Pedagógica de Behar (2009)²
 que explicam as abordagens pedagógicas por meio das interações entre os participantes do processo educativo.
TRIÂNGULO PEDAGÓGICO, os vértices seriam:
- o professor;
- o estudante, e;
- o objeto do conhecimento ou “saber”.
"Um determinado enfoque teórico seria marcado pelo papel do protagonista de um dos vértices na relação entre eles."
ENFOQUES:
- agrupados em três grandes modelos pedagógicos que se distinguem por estarem centrados no professor, no estudante ou no saber. 
ARQUITETURA PEDAGÓGICA:
 ao invés do saber como um dos vértices encontra-se o meio pelo qual o aprendizado ocorre.

Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire - Capítulo 4

Capítulo 
A Teoria da ação Antidialógica (em construção)

Analise as teorias da ação cultural: desenvolvidas a partir da matriz antidialógica

sábado, 16 de março de 2019

Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire - Capítulo 3


Capítulo 3
A Dialogicidade: essência da Educação como Prática da Liberdade

Essência do Diálogo
Educação como prática da liberdade.


Diálogo como fenômeno humano: revela a PALAVRA.
PALAVRA:
- Ação e Reflexão: de formas solidárias / interação radical;
"Não há palavra verdadeira que não seja práxis. Daí que dizer a palavra verdadeira seja transformador o mundo." (p. 107)


"Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão." (p. 108)

"O diálogo é este encontro dos homens, mediatizados pelo mundo, para pronunciá-los, não se esgotando, portanto, na relação eu-tu." (p. 109)


Capítulo 3
A dialogicidade: essência da educação como prática da liberdade
 Por: Caroline Reis

Palavra: duas dimensões > ação e reflexão, de forma solidária. “Não há palavra verdadeira que não seja práxis.” p. 107

Palavra: ação = Práxis                                         Sacrifício: da ação = palavreria, verbalismo
           reflexão                                                                    da reflexão = ativismo

Palavra inautêntica: resulta da dicotomia entre ação e reflexão. Sem ação, a reflexão é sacrificada automaticamente, e tudo se transforma em palavreria. é palavra oca. Não há denúncia verdadeira sem compromisso de transformação, nem este sem ação. (p. 108)
Ativismo: ação sem reflexão. Nega a práxis verdadeira e impossibilita o diálogo. (p. 108)
A existência não pode ser muda, mas precisa nutrir-se de palavras verdadeiras para mudar o mundo. “Existir, humanamente, é pronunciar o mundo, modificá-lo. (p. 108)
Diálogo: exigência existencial humana. Não é só “depositar ideias” um no outro, nem discussões, polêmicas, mas sim “encontro em que se solidarizam o refletir e o agir de seus sujeitos endereçados ao mundo a ser transformado e humanizado” p. 109
“A conquista implícita do diálogo é a do mundo pelos sujeitos dialógicos, não a de um pelo outro. Conquista do mundo para a libertação dos homens.” (p. 110)

Educação dialógica e diálogo
“Não há diálogo, porém, se não há um profundo amor ao mundo e aos homens.” (p. 110)
Dominação: patologia de amor - sadismo em quem domina e masoquismo no dominado.
Amor é um ato de coragem, nunca de medo, é compromisso com os homens, com a libertação dos homens, é dialógico. (p. 111)
Amor: valentia, liberdade, sem manipulação, humilde. Suprimindo a opressão é possível restaurar o amor que estava proibido. (p.111)
Autossuficiência é incompatível com o diálogo - humildade. (p. 112)
Não há diálogo sem fé nos homens: “Fé no seu poder de fazer e de refazer. De criar e recriar. Fé na sua vocação de ser mais, que não é privilégio de alguns eleitos, mas direito dos homens.” (p. 112)
“O homem dialógico, que é crítico, sabe que, se o poder de fazer, de criar, de transformar, é um poder dos homens, sabe também que podem eles, em situação concreta, alienados, ter este poder prejudicado.” (p. 112)
“Ao fundar-se no amor, na humildade, na fé nos homens, o diálogo se faz uma relação horizontal, em que a confiança de um polo no outro e consequência óbvia.” (p. 113)
Confiança: junto com a fé nos homens, é a priori do diálogo. Faz dos sujeitos dialógicos cada vez mais companheiros na pronúncia do mundo. (p. 113)
Não existe diálogo sem esperança. “A esperança está na própria essência da imperfeição dos homens, levando-os a uma eterna busca. Uma tal busca, como já vimos, não se faz no isolamento mas na comunicação entre os homens - o que é impraticável numa situação de agressão.” (p. 113-114)

O diálogo começa na busca do conteúdo programático
“Para o educador-educando, dialógico, problematizador, o conteúdo programático da educação não é uma doação ou uma imposição - um conjunto de informes a ser depositado nos educandos - , mas a devolução organizada, sistematizada e acrescentada ao povo daqueles elementos que este lhe entregou de forma desestruturada.” (p. 116)
Educação autêntica: A com B, mediatizados pelo mundo. “Mundo que impressiona e desafia a uns e a outros, originando visões ou pontos de vista sobre ele. Visões impregnadas de anseios, de dúvidas, de esperanças ou desesperanças que implicitam temas significativos, à base dos quais se constituirá o conteúdo programático da educação.” p. 116
“Para o educador humanista ou revolucionário autêntico, a incidência da ação é a realidade a ser transformada por eles com os outros homens e não estes.”
Invasão cultural: Não se deve esperar resultado positivo de um programa educativo que desrespeita a particular visão de mundo do povo, nem com boa intenção, pois é sempre uma invasão cultural.

As relações homens-mundo, os temas geradores e o conteúdo programático desta educação

Situação presente + reflexão das aspirações do povo > organização do conteúdo programático da educação ou da ação política. p. 119-120. Propor ao povo, através de certas contradições básicas, sua situação existencial como problema, que o desafia e lhe exige resposta no nível intelectual e da ação. P. 120

Universo temático / Conjunto de temas geradores: o momento de buscar o conteúdo programático é o início do diálogo da educação como prática da liberdade. Essa investigação precisa ser dialógica e conscientizadora, de maneira que os indivíduos apreendam os temas geradores e tomem decisões de consciência em torno dos mesmos. p. 121
Investiga-se o pensamento-linguagem dos homens referido à realidade, os níveis de sua percepção desta realidade, sua visão de mundo. p. 122
A vida dos homens se dá no mundo que eles recriam e transformam incessantemente; o aqui não é somente espaço físico, mas também histórico.p. 124
Situações-limite: não devem ser barreiras insuperáveis, em si mesmas geradoras de um clima de desesperança. A percepção que os homens têm delas num dado momento histórico, como um freio, a partir do momento que a percepção crítica se instaura, se desenvolve um clima de esperança e confiança que leva os homens a se empenharem na superação das situações-limite. p. 126
O produto do homem não pertence ao seu corpo, pelo contrário, o homem é livre frente a seu produto - atividade produtora desafiadora - atos-limite. p 127

Os homens são seres da práxis: através de sua ação sobre o mundo, criam domínio cultural e histórico; sendo práxis,  reflexão e ação verdadeira de transformação da realidade, fonte de conhecimento reflexivo e criação - transformação. p. 127-128

Ação transformadora da realidade objetiva: homem produz bens materiais, objetos, instituições, ideias, concepções. Criam história e se fazem seres histórico-sociais. p. 128

Continuidade histórica: “Uma unidade epocal se caracteriza pelo conjunto de ideias, de concepções, esperanças, dúvidas, valores, desafios, em interação dialética com seus contrários, buscando plenitude.” p. 128-129 Temas da época: representação concreta destas ideias, valores, concepções, esperanças e obstáculos ao ser mais dos homens. p. 129. Universo temático: é o conjunto dos temas em interação. p. 129

Plena realização da tarefa humana: permanente transformação da realidade para a libertação dos homens. p 129-130.
Os temas ora estão envolvidos, ora estão envolvendo as situações-limite, e as tarefas que eles implicam, quando cumpridas, constituem os atos-limite. p. 130
“As situações-limite implicam a existência daqueles a quem direta ou indiretamente “servem” e daqueles a quem “negam” e “freiam”. p. 130

A investigação dos temas geradores e sua metodologia
A investigação do tema gerador, se realizada por meio de uma metodologia conscientizadora, além de nos possibilitar sua apreensão, insere ou começa a inserir os homens numa forma crítica de pensarem seu mundo. p 134
Descodificação da situação existencial - implica em: abstrato > concreto; partes > todo > partes; reconhecimento do sujeito no objeto e do objeto com situação em que está o sujeito. p 135.

Situação existencial codificada > cisão - descrição da situação = descobre a interação entre as partes do todo cindido. p. 135
Investigar o tema gerador é investigar o pensamento humano, referido à realidade, é investigar seu atuar sobre a realidade, que é sua práxis. p. 136
A investigação temática é um esforço comum de consciência da realidade e de autoconsciência, que a inscreve como ponto de partida do processo educativo, ou da ação cultural de caráter libertador. p. 138

A significação conscientizadora da investigação dos temas geradores. Os vários momentos da investigação

Risco: deslocar o centro da investigação , que é a temática significativa, a ser objeto da análise, para os homens, como se fossem coisas. p. 139
Investigação temática se dá no domínio humano, não pode ser um ato mecânico. É processo de busca, de conhecimento, de criação e exige dos seus sujeitos a interpenetração dos problemas. p. 139

Investigação pedagógica e crítica, não perde-se em visões parciais da realidade, mas se fixa na compreensão da totalidade - envolvimento histórico-cultural. p. 139
Tanto quanto a educação, a investigação que a ela serve tem de constituir-se na comunicação, no sentir comum uma realidade que não pode ser vista mecanicistamente compartimentada, simplistamente bem comportada, mas na complexidade de seu permanente vir a ser. p 140
A investigação temática envolve o pensar do povo, nos homens e entre os homens, sempre referido à realidade. p. 140
A superação não se faz no ato de consumir ideias, mas no de produzi-las e transformá-las em ação e comunicação. p. 141
“Os homens são porque estão em situação. E serão tanto mais quanto não só pensem criticamente sobre sua forma de estar, mas criticamente atuem sobre a situação em que estão.” p. 141
“A tarefa do educador dialógico é, trabalhando em equipe interdisciplinar este universo temático recolhido na investigação, devolvê-lo, como problema, não como dissertação, aos homens de quem recebeu.” p. 142

Resumão capítulo 3: Dialogicidade
Diálogo: é um fenômeno humano; é a essência da educação problematizadora; práxis (ação + reflexão); é transformador; é uma exigência existencial.
Educação dialógica: confiança mútua; pensar crítico; requer humildade; compromisso com a libertação; é fruto do amor aos homens e ao mundo; não há dominação; aspiração em ser mais.

Conteúdo programático: considera o homem como ser histórico e da práxis; expurga visões pessoais; nega-se a visão do opressor.
Como chegar ao conteúdo programático?
Começa na prática social global > busca a emersão das consciências > universo temático (divide-se em tema dobradiça e tema gerador) > visa TRANSFORMAÇÃO.

Problematização da realidade
Tema dobradiça: redução temática não sugerida pelo povo; necessidade comprovada detectada pelos educadores.
Tema gerador: redução temática definida pelo educador e pelo povo, a partir da situação de mundo dos educandos (envolvem-se as situações-limite; visam o inédito viável - através de atos-limite; consciência máxima possível); vai do geral ao particular; corresponde ao pensamento-linguagem da realidade (consciência histórica).
Metodologia conscientizadora: visão holística; elaborada mutuamente; educandos + equipe interdisciplinar; não é mecânica; codificação e descodificação de situações existentes; ato cognoscente.

Por: Caroline Reis

https://www.metropoles.com/brasil/feminicidios-nao-constam-em-dados-oficiais-do-ministerio-da-justica?fbclid=IwAR3wVw69VJsEDk39uUr6csVEtORmmqeVlxbSeuqx1bTEvy6tYMWp3aSw78c